Dívida do hospital ultrapassa os R$ 500 milhões

Prefeitos da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) debateram, até o início da noite de quinta-feira, alternativas para contornar o iminente fechamento das portas do Hospital Santa Casa do Rio Grande. A instituição acumula dívida de R$ 500 milhões, tem déficit mensal de R$ 1,8 milhão, uma vez que a receita é de R$ 10,2 milhões contra a despesa de R$ 12 milhões.
Referência para mais de 15 municípios da região, o hospital conta com os atendimentos eletivos suspensos desde 10 de janeiro, devido a uma dívida de R$ 7 milhões com cerca de 90 médicos.
Com a participação de deputados, gestores de saúde, direção do hospital e Promotoria da República, as lideranças aventaram a possibilidade de viabilizar um empréstimo de R$ 14 milhões por meio de um Termo de Compromisso entre a Santa Casa, a Portos RS e o Ministério Público. Presente no encontro, representando o órgão federal, a promotora Anelise Becker afirma que o recurso não será liberado até que se apresentem medidas eficazes para o enfrentamento da crise no hospital.
“A proposta do Ministério Público Federal é no sentido de assegurar que uma vez feito esse aporte, que não se repita essa situação nos próximos quatro ou cinco meses. Se não há ingressos suficientes mensais para que a Santa Casa mantenha os seus pagamentos em dia, não adianta que esse valor supra os salários atrasados, porque vão atrasar nos salários”, argumenta Anelise.
O presidente da Azonasul, Ronaldo Madruga anunciou também que a proposta da entidade é instauração de uma auditoria externa para medir os gargalos enfrentados pela instituição, através da construção de um diagnóstico fiel, capaz de estruturar um plano eficiente de recuperação. Outra alternativa discutida seria a possibilidade de aumentar os convênios com os municípios, os quais fariam um aporte de recursos extras para o atendimento Porta de Entrada às prefeituras conveniadas.
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