Prefeitos da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) participaram hoje (23/07) de reunião intermediada pelo governador Eduardo Leite e dirigentes da CEEE Equatorial para tratar da falta de atendimento aos clientes da região que ficaram sem energia elétrica após a passagem do ciclone, completando 11 dias sem o serviço. Como resposta, o grupo da Azonasul obteve a garantia de serviços restabelecidos no prazo de hoje em todas as unidades. A reunião foi realizada em uma das salas do Aeroporto de Pelotas.
Em meio aos relatos de piora dos atendimentos, com aumento da burocratização de processos internos; desconhecimento das equipes técnicas dos endereços afetados; falta de continuidade dos serviços; problemas técnicos; erros de comunicação entre empresa e clientes, o governador afirmou que a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), que fiscaliza a prestação de serviços concedidos pelo Estado, acompanha o caso. Leite cobrou agilidade no atendimento aos municípios e destacou a necessidade de atenção especial da concessionária às demandas dos prefeitos. Ainda salientou que o Estado está atento para assegurar o cumprimento das obrigações contratuais e garantir a qualidade na entrega à população.
“É bom deixar claro que o Estado é o regulador desta concessão. A situação deste ciclone gerou uma enorme interrupção no fornecimento de energia, com casos resolvidos rapidamente. Mas ainda há relatos de comunidades sem luz, o que não pode ser aceitável. Então, cabe a agência reguladora apurar o que aconteceu e até estabelecer, se for o caso, sanções à companhia, que podem chegar inclusive à cassação em caso de recorrência no descumprimento das obrigações. Claro que não é o que queremos. Buscamos, sim, o bom serviço prestado à população. Por isso, é importante esse momento para ouvir os prefeitos e a presidência da Companhia para encaminhar a regularização", explicou o governador.
O presidente da CEEE Equatorial, Raimundo Barretto Bastos, ouviu os apontamentos dos prefeitos e afirmou que a concessionária irá rever processos e ações para que este tipo de situação não se repita em casos de corte no fornecimento de energia causados por fenômenos naturais. "A gente entende a pressão da população e vamos trabalhar junto nessa cooperação para avançar", respondeu Bastos.
Além do governador, estavam presentes na reunião, o presidente da CEEE Equatorial, Raimundo Barretto Bastos, o superintendente comercial da empresa, Fernando Ortiz, e o gerente de Manutenção e executivo de Manutenção da Regional Sul, Jorge Modesto. Também participaram os prefeitos Douglas Rodrigues da Silveira (Cerrito), Fábio Branco (Rio Grande), Luiz Carlos Folador (Candiota), Moacir Otílio Alves (Pedro Osório), Marco Antônio Vasques Rodrigues Barbosa (Chuí), Paula Mascarenhas (Pelotas), Rui Valdir Otto Brizolara (Morro Redondo), Rui Carlos Peter (Arroio do Padre), Rudinei Härter (São Lourenço do Sul), Vinícius Pegoraro (Canguçu), Vilmar Motta Schmitt (Capão do Leão), o procurador-geral de Arroio Grande, José Paulo Gomes de Freitas, o vice-prefeito de São José do Norte, Neromar Guimarães, o presidente da Câmara de Vereadores de Pedras Altas, Arildo Madruga, o vice-prefeito de Herval, Celso Silveira, a vereadora de Morro Redondo, Letícia Boetege e o vice-prefeito de Pinheiro Machado, Rogério Moura.
POis então, o "imediatamente" já é tardiamente, visto que a falta de comunicação, a falta e o despreparo do pessoal, o amadorismo da Equatorial já causaram danos irreversíveis a muitos e muitas gauchas. A privatização é a marca desse desgoverno que não entende o papel do Estado como agente mediador da sociedade. O Estado deve promover a equidade entre seus cidadãos e cidadãs, ao invés da competição, da disputa, da exploração.